quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Tudo caminha parado

Estranho é não ter sentido nenhum estranhamento. Tudo me pareceu tão normal, tão igual, que estranhei!
Mas estranhei sem estranhar. como se tivesse ido ao banheiro e quando voltei estava um ano mais velho.
Não tive nem a leve sensação de estar me "reaculturando", foi tão simples quanto subir em uma bicicleta e pedalar.
Talvez porque estar fora do Brasil me fazia refletir mais sobre o Brasil.
Mas o fato é que hoje a Terra é pequena. E a aldeia global, já está menor que a parabólicamará.
Viver em outro país não nos desconecta de nossas vidas. Entre facebooks, twiters e msns, vivemos o pararelo virtual, mesmo não estando presentes fisicamente. Deixamos de presenciar sem se desconectar. Estamos conectados por um cordão umbilical online, e este cordão está constantemente se emaranhando ao carretel da Terra pequena.
Já nascemos hoje em dia mais globais, somos uma metamorfose da força global misturada a soberania local. E é essa soberania local que sempre será chocante. Por mais globais que nos façamos, sempre teremos o instinto local de onde nos criamos. E sempre nos depararemos com as nuancias locais de qualquer aldeia global.
Quando conhecemos a cultura local, não existe choque. Existe reconhecimento. Tudo faz sentido, mesmo que não tenha sentido. Tudo caminha parado, mesmo com o Faustão seco e o Silvio Santos quebrado.


...Sem as sutilezas locais nos faremos babacas globais

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