domingo, 14 de março de 2010

In Vain

Nada há de ser em vão
Irmão
Com cordas e frequências
Com ventos e sonolências
Com posses e advertências
Com dentes e vivências

Nada há de ser em vão
Irmão
Sem som e experiêcia
Sem trago e pungência
Sem ganho e dependência
Sem hendrix e inteligência

Nada há de ser em vão
Irmão

Mas venha a decência
Mas seja a clemência
Mas veja a tendência
Mas se dê a influência de você

Nada há de ser em vão
Irmão
Nem pasta e ciência
Nem Cosmo e Damião
Nem tiro e demência
Nem bacia e liquidação

Nada há de ser em vão
Irmão
Por pandas e urgências
Por flores e estação
Por sexo e prudência
Por pura e intenção

Mas venha a tendência
Mas seja a influência
Mas veja a clemência
Mas se dê a decência de você

Nada há de ser em vão
Irmão
Para luz e intendência
Para onda e furacão
Para fina e luzência
Para peito e sermão

Nada há de ser em vão
Irmão
Onde sobra e diligência
Onde cinza e ilusão
Onde pessoa e aparência
Onde queira e não

Nada há de ser em vão
Irmão

Mas venha, seja, veja e se dê...
Porque o que se leva desta vida é a vida que foi levada por você!

quinta-feira, 11 de março de 2010

Humor

Sempre estou de bom humor
Mesmo nos piores momentos
Mesmo quando não me aguento
Chuto a porta, mordo o cachorro
Ranjo os dentes, fico louco
Sempre conto até dez
Quando brigo no trânsito
Quero matar alguém
Grito e esperneio e buzino
Quebro tudo, passo o sinal
Sempre vejo o lado bom
Se meu time perde
No último minuto
Penso comigo, como é bonito
O esporte bretão
Meu humor é inabalável
Sou um sujeito estável
O padrão do bom-mocismo
O fino no trato
Sempre sou mui educado
Mesmo quando respondo
Ah (lê-se: Vá se catar)
Bom pra você
Não quero nem saber

quarta-feira, 3 de março de 2010